Sucessão familiar nas empresas

A sucessão familiar nas empresas, quase sempre, é um tema complexo ou, minimamente polêmico.

Uma dose de complexidade se aplica ao cenário de transição na gestão quando a sociedade é constituída por mais famílias ou mesmo por famílias numerosas, com expectativas distintas ou mesmo conflitantes.

O presente blog não tem o objetivo de aprofundar o assunto, mas propõe rápidas reflexões aos gestores de empresas que vislumbram a transição familiar na gestão dos negócios.

Vamos ao blog?

Algumas dicas:
- Planejamento: independente da complexidade da transição, planejar é sempre um bom começo. Nesta etapa definem-se as pessoas que possam iniciar o processo de preparação para assumir cargos de gestão na empresa, apuram-se as competências/habilidades e a respectiva necessidade de desenvolvimento, enfim, este é o momento de contextualizar as possibilidades existentes.

- Definição de quem estará à frente dos negócios: este, talvez, seja o ponto mais complexo de se definir. Um dos problemas em famílias com número maior de membros é separar o vínculo familiar do vínculo profissional. Fazer com que as pessoas entendam que sócios são sócios – e as empresas necessitam dos melhores gestores, e parentes são parentes, e continuarão sendo filhos, pais, irmãos... é uma tarefa difícil na maioria dos casos.

- Suporte emocional: o cargo que está sendo pretendido a substituir emana diversas responsabilidades e competências, entre elas, capacidade técnica (gestão e produto), visão estratégica, liderança entre outros. Esta enxurrada de requisitos, cuja exigência muitas vezes ocorre de forma simultânea, requer equilíbrio e postura.

- Responsabilidade antes da sucessão: talvez a melhor forma de preparar um gestor para uma sucessão familiar, forma que podemos chamar de “orgânica”, é permitir que esta pessoa possa se desenvolver profissionalmente nas diversas áreas do negócio. Conquistar as pessoas por meio do aprendizado contribui de forma relevante para o aprimoramento técnico e para liderança em si.

Uma alternativa, por fim, é o advento de gestão profissional, sob o acompanhamento da família utilizando-se do papel de trabalho de um “Conselho de Administração”. A constituição formal de um Conselho pode ser dispendioso e estar longe das possibilidades da empresa, mas, vale a pena ler sobre o tema e entender a mecânica de funcionamento de um Conselho, adaptando a referida mecânica a realidade de cada negócio. Neste caso, ferramentas importantes como um bom sistema de gestão, orçamento empresarial, entre outros é fundamental para transparência dos movimentos organizacionais entre as pessoas envolvidas.

Nos vemos em nossos próximos blogs!