Posicionamentos Estratégicos Importantes para a manutenção da Vida da Empresa

A vida de uma empresa passa por altos e baixos. Muitos fatores que contribuem para a aceleração ou retração da empresa vêm do ambiente externo.
A questão é nos certificarmos da importância de determinadas estratégias e o que estamos fazendo, desde que sejam importantes para atingirmos nossos objetivos.

A seguir vamos abordar três posicionamentos estratégicos importantes para manutenção da vida de uma empresa:

Perpetuação:

Naturalmente – salvo exceção, as empresas são idealizadas para resistirem ao tempo. No caso das empresas familiares, a expectativa é de que herdeiros mantenham as atividades quer seja assumindo cargos na direção, quer seja contratando gestores e acompanhando na condição de investidores. Se a empresa for uma sociedade composta por acionistas, de capital fechado ou mesmo aberto, o foco não muda: perpetuar.

Para que isso seja possível, é importante que regras estratégicas sejam observadas e seguidas:

–Relacionamento com clientes, sempre ouvindo suas demandas e acompanhando a evolução natural do mercado. Nosso cliente compra constantemente de nós?

Um novo conceito de relacionamento com cliente está sendo amplamente discutido nas organizações: customer experience* ou, experiência do cliente, conceito que foca em todos os pontos de interação e identificação do consumidor com seu produto ou serviço. E não se engane, isso vai muito além de estratégias de relacionamento entre seu negócio e seus consumidores.

–Plano consistente de liderança e de transição de gestão. Normalmente “colocar” um gestor ou líder nas posições estratégicas de uma empresa não é a melhor alternativa, mesmo sendo esta pessoa um familiar, herdeiro natural. A liderança requer confiança, relacionamento, vivência e ações; e a gestão requer experiência e racionalidade;

–Planejamento estratégico: fundamental que exista um plano, metas, desafios e, talvez mais importante, revisão semestral (pelo menos) das estratégias e dos diversos ambientes (interno/externo). Um negócio é construído para ser constantemente adaptado e para melhorar e se superar sempre.

Eficiência:

A doutrina da eficiência passa por conceitos simples, que já ouvimos diversas vezes, mas que sempre é importante recordar:

–Minimizar constantemente o desperdício, reduzindo gargalos e ineficiências, mesmo que, em alguns casos, medidas drásticas devam ser tomadas, a exemplo da descontinuidade de produtos que não tragam performances mínimas;

–Alinhamento do conjunto de responsabilidades das pessoas com as funções exercidas nas empresas. Este posicionamento visa obter maior produtividade possível dos trabalhadores. Pode parecer brincadeira nossa comparação, mas, em nossas andanças no mercado não é tão raro encontrarmos “atacantes jogando na função de goleiro” dentro das empresas. O exemplo contrário, então, é muito pior. As promoções baseadas em qualquer fator que não seja meritocracia e capacidade técnica podem trazer problemas incalculáveis;

–Prezar sempre pela melhor reputação no mercado.

Estabilidade:

Este deve ser o tópico mais crítico. Apesar de entendermos que o crescimento e desenvolvimento vem por meio de investimentos em sua maioria, as chamadas alavancas lucrativas, erradicar dívidas deve ser palavra de ordem dentro da empresa. A empresa deve produzir lucro e parte deste lucro deve ser investido em capital de giro para salvaguardar os ativos em momentos de dificuldade. Pergunta: as reservas financeiras da empresa são suficientes para cobrir as despesas por três ou quatro meses?

Outro ponto importante é produzir (produtos ou serviços) com margem de contribuição adequada, ou seja, uma margem sustentável, saudável, que possa assegurar o crescimento da empresa bem como sua perpetuação. Um leitor mais crítico poderia dizer neste momento: “não sou eu quem determina a margem, é o mercado”; ou, “meu concorrente não trabalha nas mesmas condições que minha empresa”; enfim, não criticamos ninguém, apenas buscamos em nosso artigo desenhar o cenário ideal para uma empresa.